Programas de Mobilidade


Alemanha, Munique

Susana Afonso

Perfil

Engenharia Clínica

Quando é que participaste no programa de mobilidade?

4º ano - 1º semestre

Estudaste em que universidade, cidade e país?

Munique, Faculdade Técnica de Munique (TUM), Alemanha

Quais foram os fatores que influenciaram a escolha do teu destino no programa de mobilidade?

O principal fator que me levou a escolher a Alemanha foi o facto de ter assistido a uma sessão de esclarecimento de mobilidade onde tive a oportunidade de falar com uma rapariga que me falou sobre a sua experiência no país, o facto de ser uma faculdade bem posicionada nos rankings, ter uma boa localização para visitar outros sítios, a curiosidade que tinha acerca do país e ainda o facto da faculdade possuir cadeiras com diversas opções e um escorrega para animar o ambiente académico.

O que te motivou a participar no programa de mobilidade?

Desde sempre que quis fazer Erasmus, visto que queria experimentar viver sozinha e tenho irmãos mais velhos que já tinham participado e gostaram da experiência. Para além disto, pensei em ir para um país fora da Europa, mas como nunca participei em nenhum programa de mobilidade anterior, preferi ficar num país mais perto de Portugal.

Descreve o teu processo de escolha das UCs realizadas no estrangeiro. Tiveste algum problema? Como o resolveste?

Na altura de escolher as UCs que iria fazer no estrangeiro, vi planos de estudos elaborados por alunos de anos anteriores, mas existiam algumas cadeiras que não muito apelativas e que não faziam muito a ver com biomédica. Deste modo, acabei por investigar bastante com uma amiga que foi comigo de Erasmus e encontrei cadeiras mais interessantes que foram posteriormente, apresentadas ao Coordenador de Mobilidade, tendo conseguido obter equivalência a todas as cadeiras de 4º ano - 1º semestre do IST.

Consideraste o método de ensino e trabalho muito diferente? Em que aspetos?

Sim. Como escolhi cadeiras que só se faziam por exame e só tinha 3h de aulas semanais de cada cadeira maioritariamente na parte da manhã, senti que tive a oportunidade de planear devidamente o meu estudo para estar pronta durante a época de exames e tive a oportunidade para conhecer vários sítios ao fim de semana, visto que não tinha muito trabalho para fazer ao longo do semestre. Queria também acrescentar que as aulas começaram em outubro e terminaram em fevereiro.

Como foi o processo de arranjar casa no estrangeiro?

Difícil. Tive a sorte de conhecer uma rapariga que foi de Erasmus para Delft durante o semestre em que ia para Munique, pelo que acabei por ter menos despesas de alojamento do que o normal num sítio bastante bem localizado, perto de transportes e central. Este preço costuma rondar os 800 euros, mas no meu caso apenas pagava cerca de 300. O que me disseram de anos anteriores é que não precisava de me preocupar porque normalmente a faculdade costuma mandar emails a avisar acerca do surgimento de alguma vaga nas suas residências que costumam ser exclusivamente para alemães. No entanto, estas vagas são bastante concorridas e temos muito pouco tempo (cerca de uma hora) para responder a estes emails a confirmar o nosso interesse, não somos nós que escolhemos o quarto e a residência onde vamos ficar alocados e no meu ano enviaram este aviso em cima da hora, em Agosto.

Sentiste algum choque cultural? Conta algumas curiosidades acerca da diferença de culturas que presenciaste.

Senti que as pessoas eram mais rígidas, mas pareciam ser simpáticas e confiar bastante no civismo, visto que assumem que as pessoas cumprem as regras. Por exemplo, no emtro não há cancelas porque assumem que as pessoas estão a pagar. Visitei museus fantásticos e os transportes eram bastante eficientes e rápidos. Uma celebração que costuma haver todos os anos é o Oktoberfest onde durante cerca de duas semanas, uma espécie de festival com várias tendas que vendem canecas de cerveja de 1 litro de várias qualidades e música.

Em relação às equivalências de notas. Subiste/desceste a média? Ficaste satisfeito com o processo?

Consegui manter a média. Reconheço que houve um atraso na obtenção de equivalências, mas o Coordenador de Mobilidade fez um ajuste de notas justo.

Recomendas o programa de mobilidade? Porquê?

Recomendo. Acho que toda a gente devia participar na medida em que considero importante irmos para fora da nossa zona de conforto e aprendemos mais não só sobre a cidade, mas sobre nós próprios. No entanto, a bolsa não cobre todos os custos pelo que tive de poupar um bocado.

Imaginas-te a trabalhar no futuro no país do programa de mobilidade que escolheste?

Confesso que gosto bastante de Portugal e de países latinos na generalidade. No entanto se tiver lá uma boa oportunidade de emprego, não me importo de o fazer visto que os empregos são bastante bem remunerados.

Tens algum conselho que queiras dar a quem pensa participar em programas de mobilidade?

Não me arrependo de ter escolhido cadeiras que só se faziam por exame visto que tive mais tempo para viajar e conhecer sítios novos.

Plano de Estudos

Disciplinas Universidade AcolhimentoECTsDisciplinas do IST "equivalentes"ECTs
Computational Intelligence7Bioinformática/Biologia Computacional6
Biomechanics8Biomecânica6
Bioengineering - Introduction to Cell Biology5Engenharia de Células e Tecidos6
Image Processing in Physics5Física da Radiação6
Mixed Signal Electronics in Neuroengineering5Sinais e Sistemas em Bioengenharia6
Total30Total30
Vanda Oliveira

Perfil

Biomecânica e Dispositivos Biomédicos

Quando é que participaste no programa de mobilidade?

4º ano - 1º semestre

Estudaste em que universidade, cidade e país?

Technical University Munich (TUM), Munique, Alemanha

Quais foram os fatores que influenciaram a escolha do teu destino no programa de mobilidade?

Ranking universitário, Localização de Munique

O que te motivou a participar no programa de mobilidade?

Ganhar experiência pessoal, Viajar para um país estrangeiro e conhecer uma nova cultura

Descreve o teu processo de escolha das UCs realizadas no estrangeiro. Tiveste algum problema? Como o resolveste?

Sim, uma vez que não existe o curso de Engenharia Biomédica na TUM, pelo que tive de escolher cadeiras de outros cursos. Isto foi um problema uma vez que é necessário ter 50% das cadeiras num departamento, o que é complicado quando queremos ter equivalências a cadeiras tão diferentes como as que correspondem ao currículo de MEBiom no 4º ano, 1º semestre. Para além disto, algumas cadeiras do Learning Agreement inicial não abriram na TUM no semestre em que fui. No entanto, consegui encontrar outras cadeiras e consegui equivalência a tudo.

Consideraste o método de ensino e trabalho muito diferente? Em que aspetos?

Sim. Na TUM não existe trabalho durante o semestre, tudo se resume a um exame final em Fevereiro. Para além disto, a carga horária é bastante reduzida (nomeadamente quando comparada com a do IST). Isto permitiu acompanhar todas as cadeiras bastante facilmente durante o semestre e chegar a Fevereiro sem ter muito que estudar, e ainda que durante o semestre haja tempo para viajar bastante e fazer outras actividades que com o carga horária e o trabalho que o IST implica, não seria possível. Quanto às aulas, são bastante teóricas, não havendo práticas como estamos habituados. Quanto aos exames, não são difíceis pois os professores preparam-nos bem para estes. Existem ainda várias visitas de estudo que nos permitem perceber o porquê de aprendermos o que estamos a aprender (ex: visita ao Synchrotron da TUM e ao lab onde fazem CTs)

Como foi o processo de arranjar casa no estrangeiro?

Foi-me atribuída uma casa (bastante barata tendo em conta a cidade) pela "cidade" uma vez que era estudante de Erasmus. Não tive trabalho nenhum, foi só aguardar que me enviassem um email.

Sentiste algum choque cultural? Conta algumas curiosidades acerca da diferença de culturas que presenciaste.

Não muito. O maior choque é de facto a falta de empatia das pessoas alemãs, nomeadamente dos alemães do sul (Bayern), onde Munique se insere. No entanto, só lidava com isto quando ia às compras ou comer fora, uma vez que os estudantes não se incluem neste estereótipo.

Em relação às equivalências de notas. Subiste/desceste a média? Ficaste satisfeito com o processo?

Subi ainda consideravelmente a minha média. Fiquei sim, senti que aprendi mais do que no Técnico, uma vez que tive tempo para realmente aprender e não só memorizar como fazer exercícios.

Recomendas o programa de mobilidade? Porquê?

Sim. Devem ser poucas as experiências na vida tão enriquecedoras como a experiência que é Erasmus. Aprender novas culturas, tornares-te mais independente, viajar todas as semanas, sair todos os dias. Quando é que vais ter a oportunidade de viver esta vida sem ser em Erasmus?


Áustria, Graz

Margarida Costa

Perfil

Bioengenharia Molecular e Celular, Engenharia de Tecidos e Medicina Regenerativa

Quando é que participaste no programa de mobilidade?

4º ano - 1º semestre

Estudaste em que universidade, cidade e país?

TU Graz, Áustria

Quais foram os fatores que influenciaram a escolha do teu destino no programa de mobilidade?

A Áustria encontra-se no centro da europa, possuindo uma excelente localização para quem planeie visitar outros países. Para além disto, senti-me bastante atraída pela sua cultura e língua, bem como pela qualidade da universidade e pelo plano de cadeiras disponível na mesma.

O que te motivou a participar no programa de mobilidade?

Foi algo que sempre quis fazer. Ter a oportunidade estudar num país diferente, sob métodos de ensino diferentes do nosso. Também por crescimento pessoal e pela oportunidade de conhecer pessoas de todo o mundo.

Descreve o teu processo de escolha das UCs realizadas no estrangeiro. Tiveste algum problema? Como o resolveste?

Comecei por pedir o plano de equivalências a uma colega que tinha ido para a TU GRAZ no ano anterior a mim, para ter um ponto de partida, já queria ter equivalências às 5 cadeiras do IST lecionadas no primeiro semestre do quarto ano. Retirei cadeiras que não me interessavam, e fui procurar no site da faculdade cadeiras dentro dos meus gostos, que poderiam ser aceites para equivaler às do IST. Em certas cadeiras fugi bastante para aproveitar cadeiras mais diferentes que não temos possibilidade de fazer no IST, descurando algumas componentes que para o meu perfil futuro não eram tão relevantes. Ao chegar a Graz, uma das cadeiras não tinha aberto, pelo que alterei o plano para fazer uma cadeira do quinto ano. Não houve qualquer problema, e foi fácil alterar com o coordenador de Erasmus, tanto de cá como de lá.

Consideraste o método de ensino e trabalho muito diferente? Em que aspetos?

A maioria das cadeiras vale metade dos créditos das do IST, só tendo uma aula por semana. Assim, para perfazer os 30 créditos é necessário fazer o dobro das cadeiras a que estão a equivaler, mas cada uma dá menos trabalho. Tem uma maior componente prática sendo que normalmente está separada da teórica, e é avaliada apenas com laboratórios/projetos.

Como foi o processo de arranjar casa no estrangeiro?

Em Graz é relativamente fácil. Sendo uma cidade universitária tem imensas residências de estudantes boas em toda a cidade, a preços acessíveis (pelo menos acho que correspondeu ao esperado). Aconselho verem as residências da OEAD espalhadas pela cidade.

Sentiste algum choque cultural? Conta algumas curiosidades acerca da diferença de culturas que presenciaste.

No final das aulas, antes de saírem, os alunos batem na mesa como sinal de agradecimento ao professor, algo que desconhecia antes de ir e presenciar. Para além disto, senti que a população mais “adulta” é bastante fechada/fria para quem não fala a língua alemã, por exemplo em supermercados e restaurantes, sendo benéfico se soubermos pelo menos os mínimo da língua para desenrascar.

Em relação às equivalências de notas. Subiste/desceste a média? Ficaste satisfeito com o processo?

As notas em Graz funcionam de 1-5, sendo o 1 a nota mais alta, e o 5 engloba toda a negativa. Acho que em geral é acessível sair com uma média alta, sendo bastante relaxado durante o período de aulas onde se vai logo deixando umas cadeiras feitas com projetos e apresentações, mas mais puxado no final de janeiro, por os exames das cadeiras que assim foram avaliadas, calharem muito perto uma das outras. Relativamente às equivalências, fiquei bastante satisfeita com o processo, tendo subido a minha média em comparação com a de licenciatura.

Recomendas o programa de mobilidade? Porquê?

Sim, é uma experiência fantástica para conhecer novos locais, pessoas e culturas. Para além de possibilitar métodos de ensino/trabalho diferentes dos que estamos habituados. Acho que é ótimo para sairmos da nossa zona de conforto e expandir horizontes.

Imaginas-te a trabalhar no futuro no país do programa de mobilidade que escolheste?

Potencialmente sim. Tanto a qualidade de vida, como a remuneração salarial são mais atrativas que em Portugal. Para alem disso adorei o país, e todos os sítios por onde passei.

Tens algum conselho que queiras dar a quem pensa participar em programas de mobilidade?

Se for um país com língua materna que não conheças, e que seja interessante para ti/útil, acho uma ótima oportunidade aprender o primeiro nível da língua no país. No meu caso, antes de começar as aulas fui mais cedo para Graz e fiz um curso intensivo do A1 de alemão (num programa associado a Erasmus, o que foi também fantástico para conhecer logo imensos alunos estrangeiros) o que me ajudou depois em cafés, supermercados, etc, num país em que muita população adulta ou não fala inglês, ou não simpatiza com quem não sabe o mínimo de alemão. Para alem disto, o clássico… aproveitar ao máximo, vai passar a correr!!

Plano de Estudos

Disciplinas Universidade AcolhimentoECTsDisciplinas do IST "equivalentes"ECTs
Predictive Healthcare Information Systems3Seminários em Tecnologias Hospitalares6
Neuroimaging with EEG, fNIRS and fMRI2
Neuroprosthetics3Biomecânica do Movimento6
Rehabilitation Engineering3
Tissue Engineering3Engenharia de Células e Tecidos6
Applied Radiation Physics3Física da Radiação6
Biooptics(L)1.5
Biooptics(P)1.5
Biosignal Processing(L)3Sinais e Sistemas em Bioengenharia6
Biosignal Processing(P)3
Introduction to Brain-Computer Interfacing1.5
German Intensive Course6
Total33.5Total30
Pedro Sabido

Perfil

Imagiologia, Biossinais e Instrumentação Biomédica

Quando é que participaste no programa de mobilidade?

4º ano - 2º semestre

Estudaste em que universidade, cidade e país?

TU, Graz, Aústria

Quais foram os fatores que influenciaram a escolha do teu destino no programa de mobilidade?

Cultura, Ser no centro da Europa, sendo bom para viajar

O que te motivou a participar no programa de mobilidade?

Na faculdade estrangeira, as disciplinas e o seu programa pareceram mais interessantes do que no IST, Ganhar experiência pessoal, Viajar para um país estrangeiro e conhecer uma nova cultura, Melhorar o Alemão

Descreve o teu processo de escolha das UCs realizadas no estrangeiro. Tiveste algum problema? Como o resolveste?

Por ser no segundo semestre a escolha das cadeiras é um pouco mais limitativa porque há menos opções (o 2º semestre de 5º ano é para tese). No entanto, para o perfil de Sinais não foi muito difícil arranjar equivalências.

Consideraste o método de ensino e trabalho muito diferente? Em que aspetos?

Era um pouco diferente. Cada cadeira só tinha uma aula teórica por semana. Além disso, há uma maior componente prática (avaliada à parte). O facto de a maioria dos exames ser oral também é uma grande diferença.

Como foi o processo de arranjar casa no estrangeiro?

Como é uma cidade universitária, existem muitas residências de estudantes. Assim, foi escolher a que mais me interessava e pesquisar qual era o processo de candidatura (bastante acessível). No entanto, as residências são mais caras do que as de cá.

Sentiste algum choque cultural? Conta algumas curiosidades acerca da diferença de culturas que presenciaste.

Não, esperava que as pessoas fossem mais fechadas, mas pelo contrário.

Em relação às equivalências de notas. Subiste/desceste a média? Ficaste satisfeito com o processo?

Subi a média. Fiquei satisfeito com o processo.

Recomendas o programa de mobilidade? Porquê?

Sim, porque é uma ótima oportunidade para tirar férias durante o curso!


Áustria, Viena

João Simões

Perfil

Imagiologia, Biossinais e Instrumentação Biomédica

Quando é que participaste no programa de mobilidade?

4º ano - 1º semestre

Estudaste em que universidade, cidade e país?

Technikum Wien, em Viena, Áustria.

Quais foram os fatores que influenciaram a escolha do teu destino no programa de mobilidade?

Um dos principais fatores que me fez escolher este destino foi a enorme curiosidade que tinha em conhecer novas culturas, e Viena destaca-se pela sua riqueza na música e arte. Para além disso, a localização geográfica de Áustria, permite visitar países igualmente enriquecedores por preços bastante acessíveis. Por outro lado, queria experimentar um ambiente diferente do técnico.

O que te motivou a participar no programa de mobilidade?

Um dos motivos que me fez participar no programa de mobilidade foi o facto de vários alunos de engenharia biomédica participarem em Erasmus. Desta forma, pude comunicar facilmente com colegas que já tinham vivenciado esta experiência. Também foi através de uma palestra organizada pelo NEBM-IST sobre Erasmus, que me ajudou a perceber melhor todos os procedimentos associados à participação do mesmo.

Descreve o teu processo de escolha das UCs realizadas no estrangeiro. Tiveste algum problema? Como o resolveste?

Não tive qualquer problema na escolha das UCs. Contactei com o coordenador de Erasmus da Universidade que me disponibilizou um PDF com todas as cadeiras disponíveis. Pude ainda trocar uma cadeira com a qual não estava totalmente satisfeito no meio do semestre.

Consideraste o método de ensino e trabalho muito diferente? Em que aspetos?

Em relação ao método de ensino achei que é menos exigente em comparação com o Técnico. Para além disso, na Technikum Wien tive uma cadeira puramente prática, com a realização de um projeto em Grupo. Considero também, que nesta universidade os professores acompanham muito mais os alunos e desta forma, podemos ter uma maior noção dos erros que cometem nos trabalhos efetuados. No que diz respeito à parte mais teórica, é muito semelhante ao Técnico.

Como foi o processo de arranjar casa no estrangeiro?

Foi um processo bastante simples, foi-me disponibilizado um documento com uma lista de dormitórios privados, e escolhi aquele que estava mais próximo da universidade. Nestes dormitórios, sendo privados, não é necessário estares na faculdade para conseguires vaga. Assim consegui uma vaga garantida antes de entrar na universidade.

Sentiste algum choque cultural? Conta algumas curiosidades acerca da diferença de culturas que presenciaste.

Senti que os austríacos são um pouco frios quando se comunicava em inglês com eles, por exemplo, nas idas ao supermercado. Contudo, ganhando alguma confiança são pessoas simpáticas. O tempo lá é bastante frio, caindo neve diversas vezes. Algo que me deixou bastante surpreendido foi o facto de os alunos baterem a mão na mesa no final das aulas como forma de agradecimento ao professor.

Em relação às equivalências de notas. Subiste/desceste a média? Ficaste satisfeito com o processo?

Subi ligeiramente a média e fiquei satisfeito com as equivalências. Os conhecimentos que o Técnico forneceu durante a Licenciatura foram suficientes para conseguir fazer as cadeiras de Erasmus.

Recomendas o programa de mobilidade? Porquê?

Recomendo avidamente a participação neste tipo de programa porque permite conhecer pessoas e culturas novas, ainda que isso implique enfrentar algumas adversidades como o facto de ter ido sozinho. Contudo, tentei participar no maior número de atividades possível para criar relações mais fortes com os estudantes da faculdade.

Imaginas-te a trabalhar no futuro no país do programa de mobilidade que escolheste?

O facto de ter ido de Erasmus permitiu-me ter maior capacidade para reagir perante a mudança para um novo país pelo que não me importaria de o fazer. Os salários serem mais elevados que em Portugal, também é um fator que me iria convencer mais facilmente a tomar esta decisão.

Tens algum conselho que queiras dar a quem pensa participar em programas de mobilidade?

O conselho que eu vos dou é que sejam corajosos, proativos, arrisquem e não tenham medo de conhecer realidades novas. Tentem preencher o vosso tempo da melhor forma que conseguirem.

Plano de Estudos

Disciplinas Universidade AcolhimentoECTsDisciplinas do IST "equivalentes"ECTs
Bioinformatics3Bioinformática/Biologia Computacional6
Data Acquisition and Analysis in Biomechanics, Ergonomics and Sports6Biomecânica do Movimento6
Tissue Engineering3Engenharia de Células e Tecidos6
Bioassays3
Clinical Engineering4Seminários em Tecnologias Hospitalares6
Engineering for Therapy & Rehabilitation4
Biosignal Processing4Sinais e Sistemas em Bioengenharia6
German Language and Austrian Culture A13
Total30Total30

Bélgica, Leuven

Luísa Costa

Perfil

Imagiologia, Biossinais e Instrumentação Biomédica

Quando é que participaste no programa de mobilidade?

4º ano - 1º semestre

Estudaste em que universidade, cidade e país?

Katholieke Universiteit (KU) Leuven, Leuven, Bélgica

Quais foram os fatores que influenciaram a escolha do teu destino no programa de mobilidade?

A KU Leuven tem o melhor dos dois mundos. É uma universidade conceituada, com boas referências no que toca à Engenharia Biomédica e sabia que a localização central da Bélgica ia facilitar as viagens para qualquer outro país da Europa.

O que te motivou a participar no programa de mobilidade?

O que mais me motivou foi estar num país diferente, com outra cultura e outros costumes, e ter a oportunidade de conhecer e viver isso, ter a oportunidade de conhecer pessoas de qualquer parte do mundo, poder viajar e conhecer outras realidades, daí ter escolhido um país mais central da Europa.

Descreve o teu processo de escolha das UCs realizadas no estrangeiro. Tiveste algum problema? Como o resolveste?

Não tive nenhum problema com a escolha das cadeiras. O processo de escolha foi um pouco influenciado pela escolha do meu padrinho de faculdade, que tinha ido no ano anterior de Erasmus para o mesmo sítio que eu e também tive em consideração as cadeiras que queria "despachar" logo naquele semestre e que achei que no IST não seriam tão interessantes. Já quando estava na KU Leuven, na primeira semana de aulas, decidi que não queria fazer uma das UCs que tinha escolhido, contactei o coordenador do curso e pedi para trocar e correu tudo lindamente, foi muito rápido e facilmente aprovado tanto pelo coordenador do IST, como pela coordenadora da KU Leuven, uma vez que foi logo tratado na primeira semana.

Consideraste o método de ensino e trabalho muito diferente? Em que aspetos?

Considerei. A carga horária de cada cadeira é menor, para começar, acho que as aulas são mais teóricas do que práticas (mas isso também pode ter a ver com as cadeiras que eu escolhi fazer), no entanto acho que os professores se esforçavam mais para cativar os alunos e fazer com que as aulas eram fossem percetíveis, uma vez que a base não era o tirar apontamentos, mas sim o ouvir. Em relação a avaliações, são muito focadas na avaliação oral, envolvendo também parte escrita.

Como foi o processo de arranjar casa no estrangeiro?

Acho que não me preocupei muito cedo com o assunto, acabou por correr muito bem. Inicialmente tinha pensado em ficar numa residência, mas as residências ditas "melhores" já estavam cheias ou eram demasiado caras (mas mesmo demasiado), então juntamente com uma amiga, tivemos a procurar casas em grupos de facebook e acabamos por ficar numa casa com 10 quartos, portanto foi como uma mini residência com alunos tanto belgas como estrangeiros e foi muito bom.

Sentiste algum choque cultural? Conta algumas curiosidades acerca da diferença de culturas que presenciaste.

Choque cultural diria que não, mas senti diferenças no estilo de vida das pessoas. Por exemplo, na cidade de Leuven praticamente toda a gente tem uma bicicleta e vai de bicicleta para todo o lado, que foi uma coisa que para mim, não podia ter calhado melhor, adorei esse ritmo e essa rotina saudável que as pessoas tinham. Achei também que os estudantes belgas não estavam tão abertos a criar uma boa relação connosco, o que mais tarde vim a perceber que era porque já estão mais que habituados a ter estudantes de fora lá a estudar e sabem que ficamos por pouco tempo. Mas atenção, conheci belgas muito fixes!

Em relação às equivalências de notas. Subiste/desceste a média? Ficaste satisfeito com o processo?

O método de ensino lá é muito mais exigente que o nosso, sendo os professores muito mais exigentes nas notas e nas correções de testes/exames, sendo muito mais difícil ter uma nota alta, como um 17 ou 18. Mas o coordenador da mobilidade tem estas coisas em consideração e adicionou 2 valores à nota final das cadeiras que trouxemos de lá, por isso a minha média praticamente não se alterou.

Recomendas o programa de mobilidade? Porquê?

Recomendo! Acho que é uma experiência incrível, eu estava bastante entusiasmada e sabia que ia adorar, mas ainda superou as minhas expectativas. Adorei o facto de conhecer tantas pessoas diferentes, conhecer várias culturas, tanto através das pessoas como das visitas aos sítios, o facto de viver durante um semestre duma maneira diferente do que estou habituada, conhecer e viver novas realidades foi para mim uma experiência muito importante em vários sentidos e acho que toda a gente deveria agarrar essa oportunidade, se possível! Não se vão arrepender!

Imaginas-te a trabalhar no futuro no país do programa de mobilidade que escolheste?

Apesar de ter adorado a experiência e o sítio onde fiquei, acho que não me imagino a viver lá. É um país frio e dou-me melhor com climas mais quentes. Para além disto, durante o inverno, anoitece por volta das 16h, o que me fez bastante confusão. No entanto, acabei por me habituar e verifiquei que existe bastante vida nas ruas apesar disso. Também me apercebi que pessoas de lá, de um modo geral, não são as mais calorosas.

Tens algum conselho que queiras dar a quem pensa participar em programas de mobilidade?

Vão para o sítio onde acham que se vão sentir melhor, mas mesmo que não consigam ir para o sítio que tinham pensado inicialmente, arrisquem e vão na mesma, porque a experiência que vão levar, seja de que sítio for, vai ser especial à sua maneira e nunca vão ficar desiludidos. Acho que Erasmus se faz das pessoas que se conhece e das aventuras em que nos metemos. Por isso vão de mente aberta e com toda a vontade de conhecer e viver novas coisas, é realmente compensador!

Plano de Estudos

Disciplinas Universidade AcolhimentoECTsDisciplinas do IST "equivalentes"ECTs
Bayesian Model for Biological Data Analysis4Bioinformática/Biologia Computacional6
Machine Learning and Inductive Interference4Opção Livre6
Basic Concepts of Cell Biology5Engenharia de Células e Tecidos6
Gene Technology3
Applied Medical Biotechnology4Física da Radiação6
Human Health Data Processing6Sinais e Sistemas em Bioengenharia6
Dutch Language and Cultures3
Total31Total30

China, Pequim

Maria Teresa Parreira

Perfil

Imagiologia, Biossinais e Instrumentação Biomédica

Quando é que participaste no programa de mobilidade?

4º ano - 1º semestre

Estudaste em que universidade, cidade e país?

Tsinghua University, Pequim, China

Quais foram os fatores que influenciaram a escolha do teu destino no programa de mobilidade?

A experiência cultural associada à experiência académica.

O que te motivou a participar no programa de mobilidade?

Experienciar um ambiente académico diferente do oferecido pelo Técnico. E, claro, ganhar experiência por passar 6 meses num país e cultura completamente diferentes.

Descreve o teu processo de escolha das UCs realizadas no estrangeiro. Tiveste algum problema? Como o resolveste?

Muitos problemas, porque a burocracia chinesa é pouco eficiente. Algumas das cadeiras inicialmente escolhidas, que foram divulgadas como sendo lecionadas em Inglês, eram lecionadas em Chinês. Foi um processo demorado e trabalhoso para arranjar um novo plano, e foram precisas muitas chamadas com o coordenador de mobilidade.

Consideraste o método de ensino e trabalho muito diferente? Em que aspetos?

Bastante diferentes. Muitos trabalhos de casa e projetos, com maior foco na prática que na teoria. Menos horas de aulas. Grande incentivo para criar projetos que fossem publicáveis a nível académico. Em geral, um método e valores de trabalho diferentes, mais disciplinados, mas não necessariamente mais eficazes.

Como foi o processo de arranjar casa no estrangeiro?

Residência universitária, dentro do campus. Não foi complicado de todo. Residências on-campus são comuns em universidades chinesas.

Sentiste algum choque cultural? Conta algumas curiosidades acerca da diferença de culturas que presenciaste.

Choque cultural gigante, em demasiados aspetos para estar a enumerar aqui. Mas valeu imenso a pena, porque nos faz questionar a nossa realidade. Aprendi muito, mesmo.

Em relação às equivalências de notas. Subiste/desceste a média? Ficaste satisfeito com o processo?

Não sei bem. Foi um semestre exigente, mas diria que um aluno do Técnico vai bem equipado para lidar com as exigências da academia chinesa.

Recomendas o programa de mobilidade? Porquê?

Tsinghua está, por enquanto, fora das opções do Mestrado Integrado em Engenharia Biomédica. Mas aconselho imenso saírem para fora da Europa, seja para a China ou para outro país que proporcione uma experiência muito longe da zona de conforto.

Imaginas-te a trabalhar no futuro no país do programa de mobilidade que escolheste?

Temporariamente, talvez. Não permanentemente. Foi uma experiência ótima, mas voltei com ainda mais amor a Portugal.

Tens algum conselho que queiras dar a quem pensa participar em programas de mobilidade?

Se tiverem a oportunidade de ir, vão. Seja em intercâmbio para a China ou em Almeida Garret para Coimbra. Uma mudança de ares vai ser sempre uma lição enorme.


Dinamarca, Copenhaga

Marta Conceição

Perfil

Imagiologia, Biossinais e Instrumentação Biomédica

Quando é que participaste no programa de mobilidade?

4º ano - 1º semestre

Estudaste em que universidade, cidade e país?

DTU, Kongens Lyngby, Dinamarca

Quais foram os fatores que influenciaram a escolha do teu destino no programa de mobilidade?

Ranking universitário, Cultura

O que te motivou a participar no programa de mobilidade?

Na faculdade estrangeira, as disciplinas e o seu programa pareceram mais interessantes do que no IST, Ganhar experiência pessoal, Viajar para um país estrangeiro e conhecer uma nova cultura, Melhorar o CV

Descreve o teu processo de escolha das UCs realizadas no estrangeiro. Tiveste algum problema? Como o resolveste?

Escolhi tendo em conta as sugestões de colegas de anos acima do meu, as que me pareceram mais interessantes de entre a lista de todas as cadeiras que a faculdade oferecia para o semestre respetivo, e também de modo a garantir que teria o máximo de equivalências possível (no meu caso, 4 cadeiras de 4º ano e 1 de 5º ano).

Consideraste o método de ensino e trabalho muito diferente? Em que aspetos?

Sim, penso que a componente prática na DTU é muito maior do que no IST, sendo a avaliação mais baseada na realização de projetos e menos na componente teórica. Ao contrário do que ocorre no IST, lá muitos dos exames são orais e não escritos, são por vezes feitos com consulta, e são baseados não só na teoria aprendida ao longo do semestre mas também nos próprios projetos desenvolvidos. Além disso, há uma proximidade muito maior entre alunos e professores, os quais por norma são bastante acessíveis.

Como foi o processo de arranjar casa no estrangeiro?

No meu caso foi bastante simples, apenas tive de preencher um formulário com a minha ordem de preferências de entre as possibilidades que a faculdade disponibiliza para os alunos (entre diferentes tipos de residências, e quartos em casas de famílias locais). No entanto, tive bastante sorte em conseguir ficar onde pretendia, pois o número de candidatos a essas habitações é muito superior ao disponível, e por isso soube de vários casos de alunos que tiveram de procurar autonomamente, nomeadamente através de grupos no facebook e afins.

Sentiste algum choque cultural? Conta algumas curiosidades acerca da diferença de culturas que presenciaste.

Em termos de ambiente de faculdade senti que a maioria dos alunos é bastante autónoma e que estão muito envolvidos na componente prática, sendo que é bastante fácil envolverem-se em projetos na área de interesse por iniciativa própria e mesmo por sugestão dos professores das diferentes cadeiras (o que cá penso que não será tão comum). Em termos da população dinamarquesa, senti que o nível de civismo é muito mais desenvolvido do que em Portugal, apesar de já o esperar enquanto país nórdico, não sendo por isso apenas um país muito desenvolvido em ciência e tecnologia, mas também em termos de sociedade. Também fiquei com a sensação de que as pessoas lá são, em geral, mais reservadas do que em Portugal, mas não menos simpáticas. Um aspeto muito positivo é o facto de quase toda a população falar inglês fluentemente, e por isso ser muito fácil comunicar lá.

Em relação às equivalências de notas. Subiste/desceste a média? Ficaste satisfeito com o processo?

Desci muito pouco. Achei o processo justo, talvez até mais do que para outras faculdades.

Recomendas o programa de mobilidade? Porquê?

Sim, é uma experiência excelente a todos os níveis, e no final deixa sempre saudades. Recomendo mesmo!


Espanha, Madrid

Joana Vaz Sousa

Perfil

Bioengenharia Molecular e Celular, Engenharia de Tecidos e Medicina Regenerativa

Quando é que participaste no programa de mobilidade?

4º ano - 1º semestre

Estudaste em que universidade, cidade e país?

ETSIT-UPM, Madrid, Espanha

Quais foram os fatores que influenciaram a escolha do teu destino no programa de mobilidade?

Média curricular (tua e dos teus colegas), Cultura

O que te motivou a participar no programa de mobilidade?

Ganhar experiência pessoal, Viajar para um país estrangeiro e conhecer uma nova cultura

Descreve o teu processo de escolha das UCs realizadas no estrangeiro. Tiveste algum problema? Como o resolveste?

Pesquisei na página da faculdade a descrição das UCs que tinham disponíveis e comparei com as UCs do IST de forma a encontrar semelhanças entre elas para facilitar a questão das equivalências. Quando regressei, quis alterar uma das UCs de equivalência do IST e foi um processo bastante fácil e sem complicações. Também tinha a oportunidade de alterar, no primeiro mês do programa, alguma UC na ETSIT se assim o desejasse.

Consideraste o método de ensino e trabalho muito diferente? Em que aspetos?

Achei o ambiente mais tranquilo relativamente à carga de trabalho que era mais reduzida do que no IST, apesar de ter estado a fazer mais UCs do que normalmente fazia no IST. Além disso, gostei do facto de ter tido UCs com praticamente componente prática e não apenas teórica.

Como foi o processo de arranjar casa no estrangeiro?

Fiquei a viver com uns familiares muito perto da faculdade, por isso foi um processo extremamente fácil.

Sentiste algum choque cultural? Conta algumas curiosidades acerca da diferença de culturas que presenciaste.

Espanha é muito similar a Portugal, mas penso que desfrutam mais do que os portugueses. São mais descontraídos e aproveitam melhor os momentos fora do horário de trabalho, ou da faculdade, neste caso.

Em relação às equivalências de notas. Subiste/desceste a média? Ficaste satisfeito com o processo?

Subi bastante a minha média. O processo de lançarem as notas foi bastante demorado, mas decorreu normalmente.

Recomendas o programa de mobilidade? Porquê?

Sim, claro! É sempre uma boa oportunidade para podermos alargar horizontes, experimentar coisas novas, conhecer outras culturas e pessoas.

Sofia Ambrósio

Perfil

Engenharia Clínica

Quando é que participaste no programa de mobilidade?

4º ano - 1º semestre

Estudaste em que universidade, cidade e país?

Universidad Carlos III, Madrid, Espanha

Quais foram os fatores que influenciaram a escolha do teu destino no programa de mobilidade?

Ambiente da cidade (como achava e me disseram que eram as pessoas, se são simpáticas, abertas a outras culturas, etc e cidade em si, tamanho da cidade e que coisas havia para fazer) e média.

O que te motivou a participar no programa de mobilidade?

Queria bastante ter a experiência de conhecer e viver noutro país e outra cidade.

Descreve o teu processo de escolha das UCs realizadas no estrangeiro. Tiveste algum problema? Como o resolveste?

Antes de ir foi bastante fácil encontrar equivalências que fossem aceites, apesar de ter logo utilizado a UC de opção livre. Quando já lá estava, algumas UCs não abriram e outras tinham o horário sobreposto (principal problema). Houve também o problema de não me ser permitido fazer cadeiras de mestrado lá (o curso de Biomédica é licenciatura de 4 anos), e acabei por ter algumas equivalências que faziam pouco sentido (exemplo: Fisiologia para equivalência a ECT ou uma cadeira do género de EO para equivalência a FRad). Todos os problemas foram resolvidos trocando as equivalências, usando a Opção livre e fazendo essas tais equivalências com cadeiras menos parecidas.

Consideraste o método de ensino e trabalho muito diferente? Em que aspetos?

Sim. Aulas muito mais "lentas", com menos matéria por aula. No entanto, muito pouco material disponível para depois estudar (por exemplo só havia os poucos exercícios que fazíamos nas aulas). Alunos muito mais dedicados em ir às aulas.

Como foi o processo de arranjar casa no estrangeiro?

Apenas difícil devido ao preço elevado das casas no centro de Madrid. De resto, há bastante oferta. É muito importante começar a procurar cedo de modo a ficarem com uma boa casa em relação a qualidade/preço.

Sentiste algum choque cultural? Conta algumas curiosidades acerca da diferença de culturas que presenciaste.

Não muito. Os espanhóis não são muito diferente dos portugueses. O que achei mais diferente, e que também mais gostei, foi a maneira mais "leve" e descontraída de viver a vida. A qualquer dia da semana, seja inverno ou verão, ao final da tarde as esplanadas estão cheias de amigos a beber cerveja e sair à noite. Não achei as pessoas tão stressadas como as portuguesas. Fazem muito barulho (hahaha) e ficam muito tristes com a chuva (que é rara).

Em relação às equivalências de notas. Subiste/desceste a média? Ficaste satisfeito com o processo?

Honestamente não sei, penso que não fez grande diferença. Fiquei satisfeita com o processo.

Recomendas o programa de mobilidade? Porquê?

Sim. Fez-me conhecer outras situações, sair da zona de conforto e crescer imenso. Sair do IST por um bocadinho também achei muito importante, ir ver que noutros sítios as coisas não são iguais.

Imaginas-te a trabalhar no futuro no país do programa de mobilidade que escolheste?

Sim. Gostei muito da maneira de levar a vida, parece-me uma cidade muito fixe para viver (e é uma cidade grande).

Tens algum conselho que queiras dar a quem pensa participar em programas de mobilidade?

Vão! É uma experiência que nunca vão esquecer. E comecem a procurar casa cedo talvez. E Madrid é muito giro! (se calhar só não esta universidade em específico).


Finlândia, Tampere

Ana Filipa Flora Ribeiro

Perfil

Engenharia Clínica

Quando é que participaste no programa de mobilidade?

4º ano - 1º semestre

Estudaste em que universidade, cidade e país?

Tampere University (Hervanta campus) em Tampere, Finlândia

Quais foram os fatores que influenciaram a escolha do teu destino no programa de mobilidade?

A qualidade de vida no país, o método de ensino, que já foi considerado várias vezes o melhor do mundo, o interesse em visitar e viver num país nórdico e a possibilidade de visitar outros países da Escandinávia.

O que te motivou a participar no programa de mobilidade?

O facto de conhecer pessoas de todos os cantos do mundo, de me deparar com diferentes realidades, culturas e hábitos de vida e o facto de me obrigar a sair da minha zona de conforto, estando num país totalmente novo, com pessoas novas, uma língua diferente, etc.

Descreve o teu processo de escolha das UCs realizadas no estrangeiro. Tiveste algum problema? Como o resolveste?

Para tentar escolher as UC's procurei na lista de cadeiras que a faculdade tinha disponível no site e tentei escolher as mais semelhantes às que iria ter no técnico nesse semestre, tendo sempre em atenção o número de créditos (que nunca pode ser inferior a 30ECTs) e pedi também o plano de estudos da pessoa que tinha estado no ano anterior na mesma faculdade para ter uma ideia das cadeiras que ela tinha feito. O único problema que tive, mas que foi facilmente resolvido, foi quando lá cheguei e me inscrevi nas cadeiras no sistema da faculdade, havia uma que já não tinha vagas, então tive que escolher outra e depois contactar o Coordenador de Mobilidade (IST) para ele autorizar a alteração e para corrigir os documentos necessários.

Links úteis:

Courses offered in English for exchange students

Consideraste o método de ensino e trabalho muito diferente? Em que aspetos?

O método de ensino é extremamente diferente! Tudo é muito organizado e a carga de trabalho acaba por ser mais leve, não só porque o semestre é dividido ao meio (2 períodos) e, portanto, não temos as 5 ou 6 cadeiras todas ao mesmo tempo, mas também porque os horários das aulas são mais organizados, mais reduzidos, o que faz com que haja muito tempo livre durante a semana. Eu inclusive tinha dois dias livres durante o primeiro período e nunca tinha aulas antes das 10h nem depois das 16h. A nível de avaliação, regra geral, todas as cadeiras tinham um projeto/trabalho e um exame final.

O trabalho de muitas cadeiras era fazer um resumo semanal das aulas e ir atualizando no moodle, o que era ótimo porque não só era um trabalho simples, que na maioria das vezes contava cerca de 50% para avaliação final, como também na altura do exame já tinha os resumos todos feitos. Relativamente aos exames, na época de exames as aulas param e os exames são escritos e bastante acessíveis. Isto acontece porque ao longo do período conseguimos prepararmo-nos bem para o exame, não só porque temos bastante tempo livre, mas também porque aqueles trabalhos nos ajudam bastante a consolidar a matéria.

Além disso, o ritmo de trabalho e preparação que levamos do Técnico permitem-nos chegar lá e tirar boas notas, com mais facilidade do que no IST, por exemplo, enquanto no Técnico eu senti sempre que estudava imenso e não passava se calhar de um 14, ali com o mesmo estudo conseguia um 4 (que equivale a um 17) ou 5 (que equivale a 18-20). Quanto aos professores, eles fazem questão de colocar no exame aquilo que foi falado nas aulas e de uma forma direta, sem grandes rasteiras e, portanto, não há surpresas.

A sensação que sempre tive na Finlândia é que os professores estão ali realmente para nos ensinar e ajudar o mais possível. São sempre muito acessiveis, flexíveis e simpáticos, o que torna o processo de ensino e de avaliação muito melhor! Em relação à faculdade em si, é muito moderna, com excelentes condições!

O campus de Hervanta tem uma biblioteca incrível, com salas de estudo silênciosas, outras áreas onde os alunos podem estudar em conjunto e falar uns com os outros, salas com impressoras 3D que toda a gente pode usar gratuitamente para projetos que não têm de estar necessariamente relacionados com a faculdade, tem também uma sala de Realidade Virtual que toda a gente pode requisitar gratuitamente, tem uma sala com televisões e puffs onde os alunos podem ver um filme/série, dormir, relaxar e têm imensas salas com ecrās gigantes tipo salas de reuniões que também podem ser reservadas para trabalhos de grupo, para treinar apresentações, etc. Mesmo os auditórios ou os laboratórios têm imensas condições e é tudo bastante atual e moderno.

Como foi o processo de arranjar casa no estrangeiro?

Foi bastante fácil. O próprio site da faculdade dá sugestões de alojamento. No meu caso fiquei num apartamento que pertence a um conjunto de prédios de uma empresa/organização chamada TOAS. O TOAS tem imensos prédios exclusivamente dedicados ao alojamento de estudantes de ERASMUS e todos bastante próximos da faculdade. Basicamente basta preencher um formulário para nos candidatarmos ao alojamento (as datas estão sempre no site deles) e podemos até indicar a nossa preferência pelo prédio. No momento da candidatura não temos que enviar nenhum comprovativo em como iremos estudar na faculdade porque eles próprios entram em contacto com a faculdade e confirmam se somos de facto alunos lá. No meu caso, fiquei em Paawola que é o mais recente e são apartamentos para partilhar com 3 pessoas, em que cada uma tem o seu quarto e apenas a casa de banho e a cozinha são partilhadas. Os quartos são mega espaçosos e com a mobilia necessária (cama, colchão, secretária, cadeira, roupeiro, estante e mesa de cabeceira). Quanto à renda, eu pagava cerca de 290€ c/ despesas já incluídas (água, luz, gás, internet). No formulário de candidatura também podem sempre indicar o máximo de renda que estão dispostos a pagar e eles tentam, sempre que possível, atender às preferências e indicações dos alunos.

Links úteis:

Student housing for exchange students

Applying for a Furnished Apartment

Furnished Locations For New International Students

Sentiste algum choque cultural? Conta algumas curiosidades acerca da diferença de culturas que presenciaste.

A nível de cultura o povo finlandês é mais reservado e contido do que os portugueses, no entanto são bastante simpáticos à sua maneira, têm um grande respeito pelo espaço pessoal de cada um e, de uma forma geral, são pessoas bastante respeitadoras e cívicas. Outra coisa também bastante enraizada na cultura finlandesa é o grande cuidado e respeito pela natureza e pelos animais. É um país extremamente rico a nível de natureza e é muito comum ver pessoas de todas as idades a passear nas florestas e juntos aos lagos, é inclusive um dos locais mais comuns para os estudantes se encontrarem e descontraírem depois de um dia de aulas. Outras da característica da Finlândia é a paixão que todos têm pela sauna, há uma sauna em todo a lado e em todas as casas e há inclusive várias festas de estudantes e bares dedicados às saunas, o que é muito engraçado. A cidade de Tampere, no geral, tem uma dinâmica muito boa, bastante jovem, com alguns bares, muitas festas para estudantes, alguns festivais. Talvez a única coisa menos boa seja a comida, sendo que há pouca variedade a nível de alimentação.

Em relação às equivalências de notas. Subiste/desceste a média? Ficaste satisfeito com o processo?

Subi bastante a média, uma vez que me adaptei muito bem ao método de ensino e de avaliação. Não deixa de ser trabalhoso, tive sempre de dedicar tempo à faculdade para conseguir boas notas, mas achei que era muito mais fácil comparativamente ao Técnico. Fiquei bastante satisfeita e adorava poder voltar a estudar lá.

Recomendas o programa de mobilidade? Porquê?

Recomendo imenso, acho que é uma experiência incrível que nos abre horizontes, permite-nos alargar a nossa rede de contactos, porque conhecemos pessoas de todo o mundo, temos contacto com realidades e visões diferentes das nossas e torna-se num processo muito enriquecedor, não só a nível académico como também a nível pessoal. Outra vantagem do programa de mobilidade é que me permitiu viajar imenso, conhecer os países todos ali à volta num período de 6 meses, o que muito provavelmente não aconteceria se não estivesse num programa deste género.

Imaginas-te a trabalhar no futuro no país do programa de mobilidade que escolheste?

Sim sem dúvida. Primeiro, porque é um país com uma grande qualidade de vida, em que a educação e a saúde são gratuitos e onde a remuneração salarial é muita atrativa. Segundo, porque é país com uma mentalidade anos-luz à frente de muitos outros, onde tudo funciona e onde tudo é feito de forma extremamente organizada. Terceiro, porque é um país maravilhoso com paisagens lindas, imensos lagos e florestas, e onde tudo fica ainda mais bonito no inverno com a neve. A única coisa que pode eventualmente fazer mais confusão, principalmente a quem vem do país onde há sol o ano inteiro, é o facto de nos meses de inverno haver poucas horas de dia e onde os dias de sol são escassos. Pessoalmente, esperava que me fizesse mais confusão, no entanto adaptei-me bem a essa particularidade do país.

Tens algum conselho que queiras dar a quem pensa participar em programas de mobilidade?

Primeiro que tudo acho importante que se informem sempre bem acerca das especificidades de cada país e de cada faculdade, nomeadamente a nível de equivalências, dificuldade da faculdade, custo de vida no país, alojamento, etc. Para isso ajuda muito entrarem em contacto com alunos mais velhos que já tenham passado pelas faculdades que vos interessam, porque assim conseguem esclarecer todas as vossas dúvidas de forma mais fácil e têm um feedback muito real. É sempre importante terem um bom nível de inglês, porque geralmente em quase todos os países as aulas e o dia-a-dia serão em inglês e portanto para conseguirem comunicar é importante apostar nessa vertente. Há muitas faculdades que pedem mesmo um certificado com um determinado nível de inglês e a Universidade de Tampere é uma delas.

Links úteis:

Information for incoming exchange students

How to apply for exchange studies at Tampere University

Plano de Estudos

Disciplinas Universidade AcolhimentoECTsDisciplinas do IST "equivalentes"ECTs
Laboratory Course in Computational Biology5Bioinformática/Biologia Computacional6
Medical Biomaterials5Seminários em Tecnologias Hospitalares6
Bioceramics and their Clinical Applications5
Tissue Engineering Basics5Engenharia de Células e Tecidos6
Laser Physics5Física da Radiação6
Introduction to Signal Processing5Sinais e Sistemas em Bioengenharia6
Total30Total30

França, Paris

Carolina Bento

Perfil

Engenharia Clínica

Quando é que participaste no programa de mobilidade?

4º ano - 1º semestre

Estudaste em que universidade, cidade e país?

Sorbonne Université, Paris, França

Quais foram os fatores que influenciaram a escolha do teu destino no programa de mobilidade?

Sempre quis conhecer Paris e havia a oportunidade de fazer o programa MTIH, que pareceu muito interessante e cuja bolsa era maior.

O que te motivou a participar no programa de mobilidade?

Queria sair da minha zona de conforto e conhecer novas realidades.

Descreve o teu processo de escolha das UCs realizadas no estrangeiro. Tiveste algum problema? Como o resolveste?

Tentei arranjar equivalências a cadeiras de quarto ano, mas foi bastante complicado e, portanto, fiz três equivalências de quinto. Além disso, baseei o meu plano de estudos no plano de estudos de colegas que tinham ido no ano anterior. Recordo-me que não me consegui inscrever numa das cadeiras em Paris e por isso falei com o coordenador e troquei essa equivalência.

Consideraste o método de ensino e trabalho muito diferente? Em que aspetos?

O método de ensino foi bastante diferente. Era muito mais prático e não havia testes, praticamente. A avaliação era baseada em projetos e trabalhos escritos.

Como foi o processo de arranjar casa no estrangeiro?

Não foi complicado, havia um campus de residências para estudantes internacionais.

Sentiste algum choque cultural? Conta algumas curiosidades acerca da diferença de culturas que presenciaste.

Não, não senti um grande choque cultural. Dei-me muito bem com colegas sul-americanos e eles faziam questão de cozinhar para mim e de me fazerem sentir à vontade.

Em relação às equivalências de notas. Subiste/desceste a média? Ficaste satisfeito com o processo?

Desci a média de mestrado, não acredito que o processo tenha sido muito justo.

Recomendas o programa de mobilidade? Porquê?

Sim, acho que é uma mais-valia enorme e uma grande experiência de aprendizagem. Além disso, temos acesso a oportunidades novas, especialmente pelo programa MTIH.

Imaginas-te a trabalhar no futuro no país do programa de mobilidade que escolheste?

Sim, acho que sim. A comida era incrível, a cultura também, havia livrarias por todo o lado e a arquitetura é incrível. Gostei mesmo muito.

Tens algum conselho que queiras dar a quem pensa participar em programas de mobilidade?

Não pensem! Não percam a oportunidade de participar num programa de mobilidade!

Plano de Estudos

Disciplinas Universidade AcolhimentoECTsDisciplinas do IST "equivalentes"ECTs
Technologies for Medical Devices3Biomecânica do Movimento6
Sensi-Motor Behaviour, Motor Learning and the Haptic Function6Opção Livre6
Designing Mechatronic Systems for Rehabilitation6Sinais e Sistemas em Bioengenharia6
Operating Room Instrumentation3
Entrepreneurship3Projeto em Engenharia Biomédica6
Security, Evaluation and Economic Development of Medical Devices6Seminários em Tecnologias Hospitalares6
Mapimed: Modélisation et Application de l'imageries médicale6
Total33Total30

Holanda, Delft

Ana Sofia Borges

Perfil

Bioengenharia Molecular e Celular, Engenharia de Tecidos e Medicina Regenerativa

Quando é que participaste no programa de mobilidade?

4º ano - 1º semestre

Estudaste em que universidade, cidade e país?

TU Delft, Delft, Holanda

Quais foram os fatores que influenciaram a escolha do teu destino no programa de mobilidade?

Ranking universitário, O facto de ter duas vagas.

O que te motivou a participar no programa de mobilidade?

Ganhar experiência pessoal, Viajar para um país estrangeiro e conhecer uma nova cultura, Melhorar o CV, Interesse na experiência Erasmus em si.

Descreve o teu processo de escolha das UCs realizadas no estrangeiro. Tiveste algum problema? Como o resolveste?

Os meus critérios foram escolher cadeiras semelhantes às que teriam no IST e evitar sobreposições nas aulas e exames. Tentei também despachar as cadeiras de tronco comum em Erasmus para ter mais liberdade quando voltasse. Foi necessário alterar o learning agreement por haver sobreposição de exames das cadeiras escolhidas, que só soube após a entrega do documento. Bastou encontrar novas possíveis cadeiras e entrar em contacto com o coordenador de cada país para resolver o assunto.

Consideraste o método de ensino e trabalho muito diferente? Em que aspetos?

Ensino mais baseado no estudo autónomo, com menos carga horária. Não havia aulas práticas. As aulas eram gravadas por isso podiam ser vistas em casa.

Como foi o processo de arranjar casa no estrangeiro?

Foi simples, bastou esperar pelo email da DUWO, que é a empresa associada às residências de estudantes.

Sentiste algum choque cultural? Conta algumas curiosidades acerca da diferença de culturas que presenciaste.

Os holandeses são pragmáticos, produtivos e muito directos. Trabalham a sério durante o seu horário, parando só para comer qualquer coisa muito rápida, nada de grandes almoços. Todos têm opinião formada sobre tudo. Falam muito bem inglês, seja na Universidade ou no supermercado. Os transportes são muito bons, o que é óptimo para viajar. Têm celebrações diferentes, como o Sinterklaas para quem vai de Erasmus no 1º semestre, e é bastante interessante descobrir essas tradições.

Em relação às equivalências de notas. Subiste/desceste a média? Ficaste satisfeito com o processo?

Desci a média. Na altura o coordenador quis dar uma nota ao Erasmus como um todo, em vez de fazer cadeira a cadeira. Depois de falarmos, optou pela última hipótese, mas mesmo assim as equivalências foram mais baixas do que no ano anterior, em que tinha havido outro coordenador.

Recomendas o programa de mobilidade? Porquê?

Recomendo activamente o programa de mobilidade pois é uma oportunidade única que não voltará a surgir facilmente! Crescemos e aprendemos muito por termos de nos desenrascar num país diferente e com tantas coisas novas. Mais do que recomendar pelos estudos e CV, recomendo pela experiência em si!

Anónimo

Perfil

Imagiologia, Biossinais e Instrumentação Biomédica

Quando é que participaste no programa de mobilidade?

4º ano - 1º semestre

Estudaste em que universidade, cidade e país?

TU Delft, Delft, Holanda

Quais foram os fatores que influenciaram a escolha do teu destino no programa de mobilidade?

Ranking universitário, Prestígio da universidade

O que te motivou a participar no programa de mobilidade?

Ganhar experiência pessoal, Viajar para um país estrangeiro e conhecer uma nova cultura

Descreve o teu processo de escolha das UCs realizadas no estrangeiro. Tiveste algum problema? Como o resolveste?

Ter UCs com programas semelhantes e com horários compatíveis

Consideraste o método de ensino e trabalho muito diferente? Em que aspetos?

A maior diferença é o facto de ser em quartis em vez de semestres; muitos mini projectors e trabalhos

Como foi o processo de arranjar casa no estrangeiro?

Fácil já que a universidade tem parceria com empresa de aluguer, DUWO, embora o servico não seja o melhor

Sentiste algum choque cultural? Conta algumas curiosidades acerca da diferença de culturas que presenciaste.

Relacionei me principalmente com internacionais; fiz amigos holandeses, mas a maior parte não interagia com o pessoal que vem de fora; semelhante a Portugal

Em relação às equivalências de notas. Subiste/desceste a média? Ficaste satisfeito com o processo?

Sim, embora uma ou outra nota tenha descido devido ao esquema de equivalências

Recomendas o programa de mobilidade? Porquê?

Claro, ver coisas diferentes e não ficar no Técnico durante todo o percurso académico


Holanda, Twente

Diogo Marques

Perfil

Bioengenharia Molecular e Celular, Engenharia de Tecidos e Medicina Regenerativa

Quando é que participaste no programa de mobilidade?

4º ano - 1º semestre

Estudaste em que universidade, cidade e país?

Universiteit Twente, Enschede, Países Baixos

Quais foram os fatores que influenciaram a escolha do teu destino no programa de mobilidade?

A classificação da universidade em rankings, as cadeiras disponíveis e o facto de me ter apaixonado pela Holanda quando lá fui em 2018.

O que te motivou a participar no programa de mobilidade?

A ideia de ter uma experiência nova, e o sentimento de liberdade que vem de viver no estrangeiro, sozinho.

Descreve o teu processo de escolha das UCs realizadas no estrangeiro. Tiveste algum problema? Como o resolveste?

As UCs foram escolhidas tendo em vista possíveis equivalências com UCs do IST, mas também tentando fazer um plano consistente, porque ficar a fazer mestrado lá era uma opção.

Consideraste o método de ensino e trabalho muito diferente? Em que aspetos?

Sim, completamente. Era muito mais autónomo, havia menos palestras e dava-se muito valor a atividades extracurriculares. Era uma verdadeira vida de estudante, em que não se tinha de chumbar a cadeiras para fazer coisas que nos dessem prazer.

Como foi o processo de arranjar casa no estrangeiro?

Para mim não foi muito demorado, porque um aluno que foi no ano anterior me deu uma lista de mails que tinha contactado e eu tive sorte. Mas houve gente para quem foi muito difícil. A própria universidade reencaminhava-nos para um site, mas o site era muito pouco eficiente. A melhor opção é o grupo de facebook da universidade, que é em inglês. A Erasmus Student Network (ESN) também foi muito prestável, tentando ativamente arranjar uma solução para quem não tinha casa.

Sentiste algum choque cultural? Conta algumas curiosidades acerca da diferença de culturas que presenciaste.

O jantar normalmente era às 18h. Eles não usavam guardanapos. Que bárbaros! Estou a brincar, claro, mas a verdade é que eles foram muito hospitaleiros e respeitadores. Enquanto povo, são surpreendentemente calorosos, mas muito mais organizados (eles até programam saídas com amigos).

Em relação às equivalências de notas. Subiste/desceste a média? Ficaste satisfeito com o processo?

Não fiquei satisfeito com as minhas notas, mas as equivalências foram justas. Eu é que não tive os resultados que queria. Subi a média, mas pouco.

Recomendas o programa de mobilidade? Porquê?

Sem dúvida, a toda a gente que possa. A bolsa é uma ajuda grande a nível monetário, portanto se há altura para experimentar ir viver para outro país, é na universidade, pelo Erasmus. Recomendo ainda mais a quem ainda viva com os pais, porque é uma experiência de vida (e cultural) muito interessante.

Imaginas-te a trabalhar no futuro no país do programa de mobilidade que escolheste?

Sim. As condições de trabalho para investigadores (que é o que eu quero fazer) são das melhores da Europa/do mundo: há salário fixo e contratos com os institutos, em vez de ser à base de bolsas. Para além disso, a Holanda é um sítio excelente para se viver.

Tens algum conselho que queiras dar a quem pensa participar em programas de mobilidade?

Não te feches. Procura ativamente ter experiências novas e conhecer novas pessoas. Vais ver que muita gente que vais conhecer nem é do próprio país, mas antes estudantes de Erasmus como tu, que vêm de todo o lado. Aproveita, aprende e desfruta.


Itália, Milão

Rosa Lourenço

Perfil

Imagiologia, Biossinais e Instrumentação Biomédica

Quando é que participaste no programa de mobilidade?

4º ano - 2º semestre

Estudaste em que universidade, cidade e país?

Politécnico Di Milano, Milão, Itália

Quais foram os fatores que influenciaram a escolha do teu destino no programa de mobilidade?

Ranking universitário, Cultura

O que te motivou a participar no programa de mobilidade?

Ganhar experiência pessoal, Viajar para um país estrangeiro e conhecer uma nova cultura, Melhorar o CV

Descreve o teu processo de escolha das UCs realizadas no estrangeiro. Tiveste algum problema? Como o resolveste?

A organização do curso de biomédica em Milão é muito semelhante à do técnico pelo que o processo de equivalências é fácil.

Consideraste o método de ensino e trabalho muito diferente? Em que aspetos?

Sim, o método de ensino é diferente pois é focado na parte teórica. Contudo a maioria das cadeiras tem projetos que nos dao hipótese de aplicar a parte prática.

Como foi o processo de arranjar casa no estrangeiro?

Arranjar casa em Milão pode ser complicado. Existem muitos grupos no Facebook mas eu fi-lo através de outras alunas de biomédica que já estavam lá e tinham o contacto do senhorio.

Sentiste algum choque cultural? Conta algumas curiosidades acerca da diferença de culturas que presenciaste.

Não, acho que a maior diferença é o facto dos italianos em geral não falarem inglês, mas não é um obstáculo até pelas parecenças da língua com o português.

Em relação às equivalências de notas. Subiste/desceste a média? Ficaste satisfeito com o processo?

Desci a média.

Recomendas o programa de mobilidade? Porquê?

Recomendo a 100%. Não só pelo desafio que é, mas também a nível curricular mostra se cada vez mais importante uma experiência internacional.

Anónimo

Perfil

Imagiologia, Biossinais e Instrumentação Biomédica

Quando é que participaste no programa de mobilidade?

4º ano - 1º semestre

Estudaste em que universidade, cidade e país?

Itália,Milão,Polimi

Quais foram os fatores que influenciaram a escolha do teu destino no programa de mobilidade?

Ranking universitário, Média curricular (tua e dos teus colegas)

O que te motivou a participar no programa de mobilidade?

Ganhar experiência pessoal, Viajar para um país estrangeiro e conhecer uma nova cultura

Descreve o teu processo de escolha das UCs realizadas no estrangeiro. Tiveste algum problema? Como o resolveste?

Escolhi as mais semelhantes curricularmente ou as mais interessantes, que ainda assim pudessem dar equivalência. Consegui ter equivalência a todas as cadeiras de 4ano, 1semestre

Consideraste o método de ensino e trabalho muito diferente? Em que aspetos?

Ensino muito mais teórico que no técnico, mas carga de trabalho muito inferior (poucos projectos, poucos testes, poucos labs)

Como foi o processo de arranjar casa no estrangeiro?

Fiquei numa residência da universidade. Fácil se se candidatarem atempadamente

Sentiste algum choque cultural? Conta algumas curiosidades acerca da diferença de culturas que presenciaste.

Poucas diferenças, mas ainda assim interessantes

Em relação às equivalências de notas. Subiste/desceste a média? Ficaste satisfeito com o processo?

Desci significativamente a media, nao fiquei satisfeita com o processo

Recomendas o programa de mobilidade? Porquê?

Sim


Suécia, Estocolmo

Gonçalo Salvador

Perfil

Imagiologia, Biossinais e Instrumentação Biomédica.

Quando é que participaste no programa de mobilidade?

4º ano - 1º semestre

Estudaste em que universidade, cidade e país?

KTH Royal Institute of Technology in Stockholm, Sweden.

Quais foram os fatores que influenciaram a escolha do teu destino no programa de mobilidade?

A KTH é uma das melhores faculdades Europeias e sempre quis ir para um país nórdico.

O que te motivou a participar no programa de mobilidade?

Achei que seria uma experiência bastante enriquecedora a nível profissional e académico. Também me permitiu consolidar o meu inglês e conhecer novas culturas.

Descreve o teu processo de escolha das UCs realizadas no estrangeiro. Tiveste algum problema? Como o resolveste?

O meu processo de escolha foi baseado nas UCs que os alunos que tinha ido para esta faculdade anteriormente fizeram e a sua opinião sobre as mesmas. Para além disso, tive ainda em consideração o grau de dificuldade das cadeiras no IST.

Consideraste o método de ensino e trabalho muito diferente? Em que aspetos?

O método de ensino era bastante diferente, tive exames com 5 horas, mas onde em média cada pessoa apenas demorava 90 minutos a completar o exame, isto era para que a falta de tempo não fosse impedimento na realização do exame. Tive também UCs onde a avaliação continha vários elementos como laboratórios onde a nota era apenas Pass or Fail, o que não se costuma verificar no IST.

Como foi o processo de arranjar casa no estrangeiro?

A KTH tem residências apenas para alunos de mestrado pelo que este processo foi mais fácil. Ainda assim, apenas consegui residência em segunda fase pelo que também foi um elemento um pouco stressante.

Sentiste algum choque cultural? Conta algumas curiosidades acerca da diferença de culturas que presenciaste.

Não senti grande choque cultural, para além das diferenças meteorológicas (menos horas de luz por dia) a que me habituei bastante rápido.

Em relação às equivalências de notas. Subiste/desceste a média? Ficaste satisfeito com o processo?

Não fiquei satisfeito com esta parte uma vez que as UCs que eu fiz na KTH eram mais difíceis do que no IST, e onde as notas são mais baixas do que no IST. A dificuldade e o ranking da universidade não foram tidos em consideração nas equivalências pelo que a minha média desceu um pouco.

Recomendas o programa de mobilidade? Porquê?

Sim claro, é uma experiência bastante enriquecedora que vale muito a pena.

Imaginas-te a trabalhar no futuro no país do programa de mobilidade que escolheste?

Sim, a Suécia é um país bastante acolhedor e com excelentes oportunidades de trabalho.

Tens algum conselho que queiras dar a quem pensa participar em programas de mobilidade?

Just do it!

Plano de Estudos

Disciplinas Universidade AcolhimentoECTsDisciplinas do IST "equivalentes"ECTs
Biomechanics of Human Movement7Biomecânica do Movimento6
Mathematical Modelling of Biological Systems9Bioinformática/Biologia Computacional6
Biomedical Signal Processing6Sinais e Sistemas em Bioengenharia6
Implants and Biomaterials6Ciências dos Biomateriais6
Work Environment Economics7.5Seminários em Tecnologias Hospitalares6
Engenharia de Células e Tecidos6
Total35.5Total36

Suíça, Lausana

Mariana Falcão

Perfil

Imagiologia, Biossinais e Instrumentação Biomédica

Quando é que participaste no programa de mobilidade?

4º ano - completo

Estudaste em que universidade, cidade e país?

École Polytechnique Fédérale de Lausanne, Lausanne, Suíça

Quais foram os fatores que influenciaram a escolha do teu destino no programa de mobilidade?

Ranking universitário, Variedade de investigação realizada na minha área de interesse

O que te motivou a participar no programa de mobilidade?

Na faculdade estrangeira, as disciplinas e o seu programa pareceram mais interessantes do que no IST, Ganhar experiência pessoal, Viajar para um país estrangeiro e conhecer uma nova cultura, Melhorar o CV

Descreve o teu processo de escolha das UCs realizadas no estrangeiro. Tiveste algum problema? Como o resolveste?

Pedi ajuda às pessoas que tinham ido antes e eles partilharam comigo as UCs que tinham feito

Consideraste o método de ensino e trabalho muito diferente? Em que aspetos?

Cada cadeira é mais generalizada do que as do técnico, o que as torna mais simples. Porém, tinha muito mais cadeiras por semestre, o que tornou a carga horária e de trabalho semelhante.

Como foi o processo de arranjar casa no estrangeiro?

Difícil. Quando não se conhece e não se vai para lá mais cedo torna-se complicado. Há muitas residências, mas têm que conseguir lugar, o que nem sempre é facil. Há muitas plataformas de aluguer de quartos e casas, mas também há muita procura. O meu concelho para quem for para lá e não encontrar nada antes é ir uns dias para um airbnb e fazer uma de duas coisas: visitar quartos/casas nessa altura (procurem nos grupos do facebook de aluguer de quartos, há imensos) ou ir diretamente à cadeia de residências de estudantes (FMEL) pedir um quarto.

Sentiste algum choque cultural? Conta algumas curiosidades acerca da diferença de culturas que presenciaste.

A malta trabalha muito lá, e os preços das coisas são mais caros do que em Portugal, mas tirando isso não senti muito o choque cultural. É uma universidade muito internacional.

Em relação às equivalências de notas. Subiste/desceste a média? Ficaste satisfeito com o processo?

Desci a média, o que não me deixou contente, obviamente. Porém, a longo prazo continua a ser uma vantagem, visto que as médias não são assim tão importantes.

Recomendas o programa de mobilidade? Porquê?

Sim. A experiência é em todos os níveis vantajosa. Podemos conhecer um ambiente completamente diferente do nosso, tanto a nível social como escolar e ganhamos amigos para a vida. Para além disso, ganhamos uma experiência internacional que de outra forma seria dificil de conseguir, o que nos benefecia a nós enquanto pessoas e ao nosso currículo também :D